Fiocruz

LIVRO FORMULÁRIO MÉDICO INDICADO AO TÍTULO DE 'MEMÓRIA DO MUNDO', DA UNESCO

8/10/2017

A obra rara conhecida como 'Formulário Médico', manuscrito de 1703 atribuído a jesuítas que traz um compêndio de receitas médicas de saber popular e técnico da época do Brasil colonial, foi indicada para o Registro Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da UNESCO. O resultado foi divulgado pelo comitê MOW Brasil 2017, coordenado pelo Arquivo Nacional.

Segundo a responsável pela Seção de Obras Raras da Biblioteca de Manguinhos, Maria Claudia Santiago, "o registro do Programa Memória do Mundo visa proteger e disseminar o precioso conteúdo que compõe este artefato histórico. Além disso, promover o desenvolvimento das ciências nas mais diversas áreas do conhecimento a que este manuscrito pode ser explorado e aproximá-lo de um público geral através de ações relacionadas a educação patrimonial", explica.

Segundo dizeres que constam na própria obra, o Formulário Médico é um "manuscrito atribuído aos jesuítas e encontrado em uma arca da Igreja de São Francisco de Curitiba”. Produzido em papel de trapo e tinta ferrogálica, acrescido de uma encadernação moderna em papel cartão forrada em tecido, o item é preservado pela seção de Obras Raras da Biblioteca de Manguinhos, já tendo passado por diversos tratamentos técnicos de conservação e disponível para consulta no site Obras Raras da Fiocruz (Para saber mais - link ao lado).

O manuscrito traz uma série de receitas e tratamento para as mais diversas doenças que assolavam a população no período histórico em que foi criada, no território da América Portuguesa, entre fins do século XVII e início do XVIII. Quem folheia o documento hoje em dia pode apreender o estado da arte dos conhecimentos da medicina acadêmica naquele momento, mesclado a crenças populares, por meio da indicação de ingredientes típicos do Brasil Colonial e outros territórios.

O material já foi transcrito, sob a coordenação do Prof. João Eurípedes Franklin Leal, e está sob análise para publicação. Também já foi objeto de estudo do conservador Marcelo de Lima Silva, da Biblioteca de Manguinhos, em sua dissertação de mestrado. O conteúdo original do documento já foi digitalizado e encontra-se disponível para acesso no site de Obras Raras da Fiocruz.




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